O vereador fluminense Carlos Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça (25) que há uma ação orquestrada proposital para devastar a saúde mental do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A constatação foi feita logo após visitá-lo na sede da Superintendência da Polícia Federal de Brasília, onde está preso preventivamente desde o último sábado (22) por suspeita de intenção de fuga após tentar violar a tornozeleira eletrônica.
Carlos visitou o pai pouco depois do irmão, o senador Flávio, que também atestou o estado abalado que Bolsonaro se encontra na cela especial em que está abrigado. Ele reclamou do curto período de tempo cronometrado para o encontro, de apenas 30 minutos.
“Está extremamente sensível, devastado psicologicamente, e a nossa função é entrar ali e dar força pra ele. […] A saúde emocional dele já vem sendo propositalmente desgastada há muito tempo, é um processo que eu acredito que seja premeditado. Ele vai sobreviver a mais essa investida covarde que estão fazendo contra a pessoa dele”, afirmou a jornalistas logo após a visita.
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Carlos Bolsonaro afirmou que o pai está comendo pouco e que a acusação e a prisão estão afetando a sua fome. Mais cedo, Flávio disse que Bolsonaro teme pela integridade da comida fornecida a ele, de que algo seja feito contra ele através da alimentação.
Ele ainda disse ter tomado conhecimento de uma ordem para proibir a entrega de alimentação por terceiros a Bolsonaro, o que não foi confirmado pela Polícia Federal.
Me soou muito estranho que alguém tivesse dado essa determinação para ir contra a medicação que é prescrita pelos médicos, para evitar intercorrências”, disparou.
A Gazeta do Povo procurou a Polícia Federal para explicar a suspeita de Flávio Bolsonaro e aguarda retorno.
Bolsonaro foi preso no último sábado (22) por uma decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando o risco de fuga em meio a uma vigília que estava sendo organizada por apoiadores, e após o alerta de violação da tornozeleira eletrônica.
Moraes ainda sugeriu que o ex-presidente tentaria se refugiar na Embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de 13 quilômetros de distância do condomínio onde mora, em Brasília.
A decisão monocrática do ministro foi votada nesta segunda (24) pela Primeira Turma do STF e referendada por unanimidade com os votos de Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.





