sexta-feira, novembro 28, 2025

Tarcísio diz não se opor a prisão perpétua e defende presidente ‘sócio do Congresso’

O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que não acha “nenhum absurdo ter a prisão perpétua no Brasil”. A declaração ocorreu nesta quinta-feira (27), durante a reunião anual da XP Asset Management, na capital paulista.

Tarcísio citou as solturas em audiências de custódia como um dos pontos que o fazem ser a favor da prisão perpétua. Com isso, defendeu mudanças na legislação, incluindo “algumas mudanças que sejam até radicais”. Atualmente, a Constituição veda as penas de caráter perpétuo. A proibição é mais rígida do que a atribuida à pena de morte, que é permitida em caso de guerra declarada.

As discussões acerca do enfrentamento à criminalidade aumentaram no debate público após a Operação Contenção, realizada há um mês no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. Ao todo, 122 pessoas morreram, incluindo cinco policiais, tornando essa a operação policial mais letal da história brasileira. Além das mortes, a polícia prendeu 113 pessoas e apreendeu 460 armas.

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Governador opina sobre próximo presidente em meio a dúvidas sobre candidatura

Tarcísio é frequentemente apontado como possível substituto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2026. Ele diz que seu plano é concorrer à reeleição pelo governo paulista. O nome, porém, é preterido por nomes fortes da direita, como o do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Nas redes, a movimentação contrária diz que Tarcísio “é sistema”, em referência ao establishment político e econômico. Influência importante do Centrão, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, dá preferência a Tarcísio na candidatura presidencial, dizendo que tanto o governador paranaense Ratinho Júnior quanto o gaúcho Eduardo Leite, ambos do seu partido, irão retirar suas candidaturas ao Planalto caso o ex-ministro de Bolsonaro decida concorrer.

Tarcísio, porém, não deixa de falar do próximo presidente. Na reunião da XP, ele fala sobre a política econômica: “O Brasil vai precisar de uma reforma orçamentária, e a desvinculação é fundamental”, defendeu. O governador aproveitou para relembrar a gestão do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. Sobre o atual presidente da República, Tarcísio diz que “a maioria absoluta da população diz que Lula não deveria disputar reeleição.”

O governador paulista também mantém o tom de candidatura presidencial ao comentar sobre a tensão dos poderes, opinando que o próximo presidente tem que “tornar o Congresso sócio das realizações, sócio das vitórias, governar junto, porque desse jeito a implementação das reformas, ela vem e ela vem rápido.”

A direita ainda convive com a dúvida sobre quem será seu candidato em 2026. Tarcísio, porém, diz que “saberemos no início do ano que vem”, e defende: “Precisamos ter um pouco de calma. O mercado é muito ansioso mesmo. O mercado gosta de precificar tudo muito rapidamente.”

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