segunda-feira, dezembro 1, 2025

Mulher de Moraes não se envolveu no escândalo do Master – 01/12/2025 – Mercado

Não é verdade que Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, tenha envolvimento no escândalo do Banco Master, ou que o magistrado tenha mandado derrubar posts associando o nome dela ao da instituição financeira, diferentemente do que afirma um post viral no Instagram.

Como verificado pelo Comprova, o escritório de advocacia Barci de Moraes, onde atuam Viviane e dois filhos do casal, foi contratado pelo banco para representá-lo judicialmente, segundo publicou O Globo em abril deste ano. “De acordo com fontes ligadas ao banco, Viviane representa o Master em algumas poucas ações”, diz a reportagem.

O fato de ela ser advogada da instituição não significa que tenha envolvimento no escândalo envolvendo o Master, liquidado pelo Banco Central em 18 de novembro, após a Polícia Federal deflagrar a Operação Compliance Zero, com o objetivo de “combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional”.

O dono e presidente do Master, Daniel Vorcaro, foi preso em 17 de novembro, e o caso deve ser a maior operação de resgate da história do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), com indenizações aos clientes do Master que chegam a R$ 41 bilhões.

Além de o post desinformar ao dizer que Viviane teria relação com o escândalo —e que Jair Bolsonaro (PL) teria sido preso para acobertar isso—, ele também mente ao dizer que Moraes mandou tirar do ar publicações mencionando sua mulher e o banco.

Uma busca simples no Google, que pode ser feita por qualquer pessoa, pelo nome de Viviane e do Master, traz como resultado diversas publicações nas principais plataformas sociais e YouTube. Muitas delas contêm a mesma desinformação do post verificado aqui, inclusive uma do pastor Silas Malafaia.

A reportagem consultou o STF, que afirmou “não ter informação, até o momento” sobre qualquer pedido de Moraes para tirar posts relacionados ao caso de circulação.

A Polícia Federal e o Banco Central também foram contatados, mas não responderam até a publicação deste texto.

Por que investigamos?

O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e em aplicativos de mensagens sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas, eleições e golpes virtuais, e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

Leia o texto completo no site do Comprova.

A apuração desse conteúdo foi feita por Folha e O Dia e publicada em 28 de novembro pelo Projeto Comprova, coalizão que reúne 41 veículos na checagem de conteúdos virais. Foi verificada por UOL, GZH e A Gazeta.

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