O governo do Paraná desenvolveu uma tecnologia para mapear as chances de uma mulher com registro policial de violência doméstica no estado sofrer nova agressão.
Batizado de Algoritmo de Revitimização de Violência Doméstica, faz uso de Inteligência Artificial a partir de algoritmos supervisionados por “machine learning”.
Uma base de dados composta por cerca de 15 milhões de boletins de ocorrência fornecerá um padrão de informações sobre a vítima e o agressor para embasar as decisões das polícias. O objetivo é minimizar a chance de ela ser agredida novamente.
Serão utilizados também formulários do Fonar (Formulário Nacional de Avaliação de Risco) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Neles constam informações como se o potencial agressor faz uso de droga ilícita ou bebida, se está desempregado ou tem dificuldades financeiras, se tem fácil acesso a arma de fogo, se o casal tem filhos e se ele e a possível vítima moram no mesmo imóvel.
O cruzamento de dados feito irá gerar um índice de 0 a 1, que demonstra o nível de risco de a mulher sofrer uma nova agressão. As informações serão compartilhadas com o Tribunal de Justiça do Paraná, o Ministério Público e a Defensoria Pública.
“Iremos ampliar a capacidade de prever uma possível reincidência do agressor, qualificar o atendimento policial e ampliar a nossa rede de proteção às mulheres em situações de violência”, afirma o secretário da Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira.
A iniciativa é mais uma da gestão Ratinho Jr. (PSD) na área da segurança pública. Ele tem adotado essa bandeira para viabilizar sua candidatura presidencial no ano que vem.
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