O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou nesta segunda-feira (1º) o chamado “Teste da Urna 2025”, uma das diversas etapas de verificação da segurança das urnas eletrônicas que serão utilizadas na próxima eleição no país. O procedimento abre um ciclo de checagens técnicas que, segundo a Corte, busca garantir ao eleitor que cada voto registrado será apurado, totalizado e proclamado com plena confiabilidade.
Neste ano, já em preparação para as eleições gerais de 2026, o teste recebeu um número recorde de 149 propostas, sendo que 38 foram aprovadas para execução ao longo da semana, com 31 especialistas atuando diretamente na tentativa de invadir os equipamentos.
“Estes testes têm este compromisso de dar concretização aos princípios da transparência, integridade, segurança e confiabilidade dos sistemas eleitorais das urnas eletrônicas”, disse a ministra Cármen Lúcia, que preside o TSE.
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No ano que vem, mais de 150 milhões de brasileiros vão às urnas para escolher seis representantes do poder: deputado federal, deputado estadual, dois senadores, governador e presidente. O primeiro turno será realizado no dia 4 de outubro e o segundo no dia 25 nas cidades com mais de 200 mil eleitores.
Segundo Cármen Lúcia, a preocupação central é assegurar que o sistema funcione de forma íntegra do início ao fim da votação. Entre os participantes aprovados para os testes estão hackers éticos, programadores, peritos da Polícia Federal e representantes de universidades.
“São as urnas que são verificadas, são todos os testes que integram o sistema eleitoral posto na urna para que o eleitor saiba que o que foi posto por ele na urna será apurado. O que for apurado será totalizado, e o que for totalizado, será proclamado como resultado para garantia da absoluta confiabilidade do sistema eleitoral no Brasil, que é hoje matriz para o mundo”, completou a ministra.
Os participantes aprovados pelo TSE atuarão para pressionar o sistema para identificar possíveis brechas, em um ambiente reservado monitorado por câmeras e com entrada controlada.
Caso sejam encontradas vulnerabilidades, a Corte afirma que haverá tempo suficiente para corrigir qualquer problema antes do início do pleito. No primeiro semestre de 2026, os investigadores retornarão ao tribunal para conferir se ajustes eventualmente sugeridos foram implementados com eficácia.
O Teste da Urna segue até sexta-feira (5) e integra o calendário de aperfeiçoamentos da Justiça Eleitoral. Estas avaliações são realizadas a cada eleição desde o ano de 2009, e passou a ser obrigatório em 2026. Ao todo, segundo o TSE, 157 especialistas já participaram dos testes, e 112 planos de melhorias foram executados.




