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Introdução
O Paraná, um estado de rica história e cultura, sempre buscou definir sua própria identidade em meio às transformações sociais e políticas do Brasil. Nesse cenário, o Paranismo emerge como um movimento artístico e cultural fundamental, que floresceu nas décadas de 1920 e 1930. Este período foi marcado pela modernização e pela necessidade de consolidar uma voz própria para a região, especialmente na capital, Curitiba, e em sua Região Metropolitana. Compreender o Paranismo é mergulhar nas raízes da alma paranaense, desvendando como artistas e intelectuais se uniram para forjar uma identidade cultural que ressoasse com o povo e o território.
As Raízes Históricas e a Forja da Identidade
O Paranismo não surgiu do nada; ele é um reflexo direto da emancipação política do Paraná em 1853, que o elevou à categoria de província. Antes disso, a região era predominantemente rural, com uma economia baseada na agricultura e pecuária, e carecia de representações culturais genuinamente paranaenses. A fundação do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná em 1900 foi um marco crucial, pois iniciou a busca por uma identidade regional que pudesse aglutinar as diversas etnias presentes no estado. O movimento, liderado por figuras como Romário Martins, buscou criar um sentimento de pertencimento à terra, utilizando elementos biológicos e geográficos como a araucária, o pinhão, os campos gerais e as Cataratas, além de personagens como o colono, o tropeiro e o índio, para construir uma narrativa cultural própria. Este esforço foi vital para o desenvolvimento da Região Metropolitana de Curitiba, que começava a se consolidar como polo cultural e econômico.
O Manifesto Paranista e Seus Símbolos
Em 1927, Romário Martins publicou o manifesto que idealizava e definia o Paranismo, afirmando que “Paranista é todo aquele que tem pelo Paraná uma afeição sincera e que notavelmente a demonstra em qualquer manifestação de atividade digna, útil à coletividade paranaense.” Essa definição abrangente mostra que o movimento ia além da arte, englobando qualquer ação que contribuísse para o desenvolvimento e a valorização do Paraná. Os artistas paranistas, como Guido Viaro, João Turin, Theodoro de Bona, Zaco Paraná, Lange de Morretes e João Ghelfi, foram instrumentais na criação de um estilo próprio, com o pinheiro, a pinha, o mate e a paisagem como temáticas recorrentes. A estilização do pinheiro, em particular, foi escolhida não apenas por sua conexão indígena, mas como um símbolo cosmopolita do “paranaense do futuro”, representando o ideal de construção do Estado do Paraná em sua modernidade. A valorização desses símbolos é um exemplo claro de como o Paranismo buscou fortalecer o desenvolvimento da identidade local.


O Legado do Paranismo na Modernidade Paranaense
O Movimento Paranista, embora não tenha tido a consistência de uma escola ou manifesto formal, deixou um legado duradouro na construção da identidade paranaense. Através das artes plásticas, da literatura e do ativismo cultural, ele criou um imaginário coletivo que ressoa até hoje. As calçadas de Curitiba, com seus desenhos de pinhões, são um exemplo visível dessa herança, integrando a arte e a cultura na vida urbana da capital e da Região Metropolitana de Curitiba. O Paranismo foi uma construção simbólica que elaborou discursos sobre a modernidade e a relação com a sociedade, mostrando que ser paranista é uma “glória”, como afirmou o jornalista Acir Guimarães na década de 1940. Este movimento continua a inspirar o orgulho regional e a busca por soluções que valorizem a cultura e o desenvolvimento do Paraná.
Conclusão
O Paranismo representa um capítulo essencial na história do Paraná, marcando a busca por uma identidade cultural autônoma em um período de profundas transformações. Ao valorizar os símbolos naturais e as figuras históricas do estado, o movimento não apenas criou uma rica produção artística, mas também cimentou um sentimento de pertencimento e orgulho regional. Em Curitiba e na Região Metropolitana, o legado do Paranismo pode ser visto na arquitetura, na arte e no próprio espírito do povo. Refletir sobre o Paranismo hoje é reconhecer a importância de preservar e promover as raízes culturais que moldam o desenvolvimento e a singularidade do nosso estado. Que lições podemos tirar do Paranismo para fortalecer nossa identidade e impulsionar o desenvolvimento RMC?
Sou Leandro Cazaroto e tenho a convicção de que a informação clara e acessível é a base para uma cidadania ativa e consciente. Quando os cidadãos estão bem informados, tornam-se agentes transformadores de sua própria realidade, capazes de participar de forma qualificada das decisões que moldam nosso futuro. Acredito que é através do conhecimento, da transparência e do diálogo baseado em fatos que construiremos um Paraná mais justo, desenvolvido e com oportunidades para todos. Essa não é apenas uma visão, mas um compromisso diário com a verdade e com o poder que cada pessoa tem de fazer a diferença.
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