O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos criticou nesta segunda-feira (1°) a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro por suas falas públicas a respeito do apoio do PL a candidaturas nas eleições 2026.
Em um programa do YouTube, Allan dos Santos afirmou que “Michelle está cagando para o Bolsonaro”, ao comentar celeuma na direita em razão de apoio da sigla a Ciro Gomes (PSDB) para o cargo de governador do Ceará.
Santos respondeu a comentário do jornalista Luís Ernesto Lacombe, que afirmou que a ex-primeira-dama estava certa ao questionar o respaldo do PL a Ciro em detrimento do senador Eduardo Girão (Novo), pré-candidato ao governo do estado.
Lacombe também afirmou que ela tinha razão ao questio nar o apoio ao atual governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), ao Senado, no lugar de uma candidatura da deputada federal Bia Kicis (PL-DF). O jornalista disse também que as discussões são atualmente secundárias, em razão da necessidade do enfoque no PL da Anistia.
Bolsonaristas querem a aprovação no Congresso de um projeto de lei para reduzir a pena de 27 anos de prisão dada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo da trama golpista. O político já cumpre a sentença em razão da condenação. Ele está preso na superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Após ouvir o comentário de Lacombe, Allan dos Santos afirmou que a ex-primeira-dama não tem a permissão dos enteados para se manifestar.
“Michelle não tem nenhum aval dos filhos para estar falando o que ela está falando. Ela não estava quando o Bolsonaro foi preso. Ela está viajando o Brasil inteiro como se o Bolsonaro já estivesse morto. Ela está cagando para o Bolsonaro”, afirmou.
Allan dos Santos é considerado foragido da Justiça desde 2021, quando foi decretada sua prisão preventiva no âmbito do inquérito das fake news.
A fala do blogueiro expõe racha no clã Bolsonaro, acentuado na esfera pública depois que a ex-primeira-dama criticou o apoio do PL a Ciro Gomes.
Ela, que é aposta da sigla para o Senado, diz não poder apoiar quem já chamou o esposo de genocida.
“Eu jamais poderia concordar em ceder o meu apoio à candidatura de um homem [Ciro] que tanto mal causou ao meu marido e à minha família. Como apoiar (ou deixar de, caridosamente, admoestar quem apoia) um homem que foi responsável por implantar a narrativa que rotulou meu marido como genocida?”, afirmou nas redes sociais.
O posicionamento gerou reprovação por parte dos enteados, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Depois, Flávio disse que pediu desculpas a Michelle pelo embate em torno do tema.





