terça-feira, dezembro 2, 2025

Citi: setor de cerveja saiu do ‘colapso’ e está menos pior – 02/12/2025 – Painel S.A.

O setor de cerveja, que vem sofrendo com vendas fracas neste ano, está dando sinais de que o pior já passou, segundo análise do banco Citi.

Além de questões mais estruturais como mudanças de hábitos dos mais jovens, o mercado cervejeiro foi impactado neste ano por temperaturas mais baixas fora de época, e um ambiente macroeconômico adverso (inflação e endividamento altos), que afeta as rendas das famílias e, consequentemente, o consumo.

Após um “colapso” nos meses anteriores, com quedas no volume de dois dígitos, agora a situação parece “menos pior”, diz a instituição financeira americana, após o IBGE divulgar na manhã desta terça (2) os dados de produção industrial do país.

Segundo o instituto de geografia e estatística, o índice de produção de bebidas alcoólicas, que acompanha principalmente o volume de cervejas, caiu 1,3% em outubro. O dado, segundo o Citi, representa uma clara melhora sequencial após a queda de 6,7% em setembro, e os recuos de dois dígitos observados em julho e agosto, de 15,2% e 11,8%, respectivamente.

“O setor se afastou da beira do precipício, mas permanece abaixo do nível do ano passado”, alerta a instituição financeira em relatório publicado nesta tarde.

Após o setor fechar o terceiro trimestre com recuo de 11,2% na produção em relação ao ano anterior, o banco espera que o quarto trimestre seja melhor, mas ainda negativo ante 2024. O cenário “ainda está longe de ser favorável a estratégias agressivas de crescimento de receita”, dizem os analistas do Citi.

Para o banco, o mercado de cerveja no Brasil não está mais em “queda livre”, mas ainda não há previsão de recuperação do volume de produção.

“A transição de quedas de dois dígitos para um dígito baixo parece mais uma estabilização cíclica, impulsionada por bases de comparação melhores e um clima ligeiramente melhor, do que uma reaceleração da demanda.”

O Citi espera incrementos de produção no país com a nova fábrica da Heineken em Passos (MG), que adicionará capacidade significativa ao mercado. Mas, segundo o banco, essa combinação de mais tanques com consumo ainda fraco pode levar o setor a uma dinâmica competitiva mais focada em volume, limitando o poder de precificação.


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