quinta-feira, novembro 27, 2025

Conferência do Clima reúne prefeituras, apresenta dados meteorológicos e discute futuro

O Governo do Estado do Paraná promoveu nesta quarta-feira (26), em Curitiba, a 1ª Conferência do Clima do Paraná, evento voltado a prefeitos e representantes dos municípios. Realizado pela Secretaria Estadual do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Instituto Água e Terra (IAT) e Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, a conferência reuniu especialistas para apoiar os municípios na tomada de decisões frente aos desafios climáticos.

Participaram do evento o secretário do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca; o diretor-presidente do Simepar, Paulo de Tarso de Lara Pires; o coordenador estadual da Defesa Civil, Fernando Schunig; o diretor executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental Clóvis Schrappe Borges; além de profissionais do Simepar e da Defesa Civil. Compareceram representantes de aproximadamente 200 municípios, e os que não puderam comparecer presencialmente acompanharam a transmissão ao vivo no canal do YouTube do Simepar.

Um dos principais assuntos debatidos foi o desafio de melhorar cada vez mais a capacidade de resposta do Estado diante das catástrofes climáticas. “Isso é uma determinação do governador e vai ser um trabalho nosso de buscarmos uma arquitetura de resiliência com o apoio do CREA. Além disso, há um sistema de prevenção que vem sendo desenvolvido pelo Simepar, com grande investimento em radares e estações meteorológicas. O estado que mais se dedica ao clima é o Paraná”, afirmou Greca.

Os especialistas do Simepar explicaram como funciona toda a estrutura da instituição e como é feita a previsão do tempo para que os municípios possam compreender melhor os dados meteorológicos. Já as equipes da Defesa Civil explicaram como funcionam os avisos e alertas meteorológicos, a diferença para os eventos geo-hidrológicos, como funcionam os registros de ocorrências de desastres e a legislação de assistência humanitária. 

“É importante que as pessoas saibam como proceder, como agir, quando recebem o alerta. Nós temos um contato muito próximo com todos os 399 municípios do Estado, e o município é a fonte fundamental. É lá que a ocorrência acontece, é lá que as pessoas estão e é lá que a informação deve ser difundida”, ressaltou o coronel Fernando Schunig.

Ele também ressaltou que o Paraná conta com um Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap), que também pode ser usado para obras de resiliência e prevenção de desastres. Os projetos podem ser apresentados diretamente para a Defesa Civil.

TORNADOS – O evento também trouxe detalhes do laudo técnico entregue nesta semana pelo Simepar para o Governo do Paraná sobre os três tornados que atingiram o estado em 7 de novembro. Defesa Civil e Simepar apresentaram todo o trabalho realizado antes, durante e depois das ocorrências. Os tornados que atingiram Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava foram reclassificados para F4 na escala Fujita. 

“Depois de um trabalho bastante intenso da nossa equipe envolvendo a meteorologia e a geointeligência, nós tivemos a possibilidade de reclassificar os tornados. Infelizmente, aqui no Paraná, nós tivemos esse F4, com um grande impacto sobre a estrutura, sobre a população. Mas é um fenômeno raro, e nós estamos cada vez nos preparando melhor para atender a população e dar alertas com mais precisão e com a maior antecedência possível”, afirmou Paulo de Tarso, diretor-presidente do Simepar.

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