A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpriu, nesta quinta-feira (27), a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e apresentou explicações sobre as imagens que mostram o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizando o celular durante sua visita a Bolsonaro, que cumpria prisão domiciliar.
A defesa apontou para o fato de que o ex-presidente não tinha contato visual com o celular de Nikolas, conforme mostram as imagens. Além disso, ressaltou que havia monitoramento na área externa da casa de Bolsonaro, local em que os dois conversavam quando as imagens foram capturadas por drone.
Os advogados concluem afirmando que Bolsonaro “sempre cumpriu estritamente todas as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal, reiterando que não fez o uso de qualquer telefone celular, direta ou indiretamente, ao longo de todo o período em que esteve submetido à prisão domiciliar.”
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Bolsonaro foi preso logo após visita de Nikolas
Jair Bolsonaro estava em prisão domiciliar no âmbito do inquérito que apura articulações no exterior em prol de sanções contra autoridades brasileiras. O principal alvo dessas investigações é seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Logo após a visita de Nikolas, Moraes determinou a prisão de Bolsonaro, por conta de uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a tentativa do ex-presidente de abrir o equipamento com um ferro de solda. Em sua defesa, Bolsonaro disse que estava sob efeito de medicamentos.
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PSOL denuncia vigília e advogado aponta intolerância religiosa
No último sábado (22), mesmo dia da prisão, o PSOL protocolou uma queixa-crime contra Flávio Bolsonaro, tratando da vigília como incitação ao crime. Por causa disso, o advogado e professor de Direito Rodrigo Marinho de Oliveira foi ao Supremo pedindo a investigação de “postagens, vídeos, discursos e materiais institucionais do PSOL que se enquadrem como possível discurso discriminatório.”
Além do partido, o advogado pede a “investigação de todos os discursos criminosos Cristofóbicos, que estão sendo proferidos pelos jornais por pessoas públicas, funcionários públicos que criminalizam a profissão de fé, discursos que criminalizam manifestação religiosa, e autoridades judiciarias que buscam ofender através de decisões judiciais atos religiosos legítimos”. O processo foi distribuído ao ministro Luiz Fux.



