Em Brasília, governo e Congresso correm para aprovar o Orçamento de 2026. A pressa busca evitar um caos nas contas e destravar verbas eleitorais, mas uma disputa sobre corte de gastos e aumento de impostos trava o acordo, com votações cruciais marcadas para esta semana.
Por que a pressa para votar o Orçamento?
Sem a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que define as regras do jogo, e da Lei Or-çamentária Anual (LOA), que é o orçamento em si, todo o planejamento financeiro de 2026 fica pa-rado. Isso atrasa desde a liberação de recursos para projetos dos parlamentares (as emendas) até a de-finição do dinheiro para as campanhas (o fundo eleitoral). O prazo é curto, pois o Congresso entra em recesso no dia 23 de dezembro.
Qual é o principal ponto de discórdia entre Governo e Congresso?
O governo precisa aumentar a arrecadação para cumprir sua meta de controle de gastos (o arcabou-ço fiscal). Para isso, quer cortar benefícios fiscais, que são descontos de impostos para alguns seto-res da economia. Já o Congresso resiste a esses cortes, pois afetam indústrias com forte influência política, e ao mesmo tempo busca garantir mais verbas para suas próprias emendas e para o fundo eleitoral de 2026.
O que os parlamentares querem garantir no Orçamento?
O foco principal é o chamado “orçamento eleitoral”. Parlamentares, que buscarão a reeleição em 2026, querem garantir um fundo eleitoral robusto, estimado em R$ 4,9 bilhões. Além disso, a apro-vação do Orçamento é vital para a liberação das emendas, verbas que deputados e senadores desti-nam para obras e projetos em suas bases eleitorais, uma ferramenta política importante para eles.
Qual é a estratégia do governo?
A equipe econômica quer segurar a expansão das despesas e insiste que o corte de benefícios fiscais é essencial para dar credibilidade ao arcabouço fiscal, o plano para equilibrar as contas públicas. O governo argumenta que, sem aumentar a receita, não será possível cumprir as metas prometidas. A disputa expõe a dificuldade de cortar gastos que beneficiam setores com forte lobby em Brasília.
Qual a consequência de não haver um acordo?
Se a votação for adiada, a liberação de emendas ficaria travada no início de 2026, desorganizando a programação financeira do governo e gerando uma crise política. Mesmo com as divergências, a per-cepção é que votar agora custa menos do que adiar o problema. O Orçamento deve avançar em um equilíbrio frágil entre a necessidade fiscal do governo e os interesses eleitorais do Congresso.
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