O general Augusto Heleno informou que possui doença de Alzheimer desde 2018. A revelação ocorreu durante exame médico realizado nesta terça-feira (26) no Comando Militar do Planalto, em Brasília. Heleno tem 78 anos de idade e foi condenado a 21 anos de prisão na ação penal do núcleo 1, que apurou suposta tentativa de golpe de Estado entre o final de 2022 e 8 de janeiro de 2023.
De acordo com o relatório, Heleno disse “ser portador de Demência de Alzheimer em evolução desde 2018, com perda de memória recente importante, prisão de ventre e hipertensão, em tratamento medicamentoso.” O exame ocorreu no contexto do início do cumprimento da pena do general.
Mais comum em idosos e responsável por mais da metade dos casos de demência no Brasil, o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva. O cérebro começa a falhar no processamento de certas proteínas do sistema nervoso central, causando perda progressiva de neurônios. O sintoma mais conhecido é a perda de memória, mas o paciente também pode apresentar mudanças comportamentais e dificuldade de comunicação.
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General apresentou “estado emocional estável”, diz exame
Apesar de tratar da declaração de Heleno, o documento classifica o general como um “indivíduo idoso, com aparência condizente com a idade biológica, colaborativo e com estado emocional estável.” O exame constatou sinais vitais regulares.
Augusto Heleno foi ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Ele teria participado de reuniões para tratar do suposto plano golpista. Com o trânsito em julgado determinado pelo STF, o ministro Alexandre de Moraes decretou, logo em seguida, o início do cumprimento da pena. Os crimes atribuídos a ele são organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e ameaça grave e deterioração de patrimônio tombado.
