O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira (25) que a instituição tem de perseguir a meta de inflação de 3% e não o limite de 4,5%, já que é aceita uma variação de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
“A meta não é a banda superior. A banda foi feita para que, dado que (a inflação) oferece flutuações… criou-se um ‘buffer’ para amortecer eventuais flutuações. Mas de maneira nenhuma a meta é de 4,5%”, afirmou Galípolo durante audiência na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado.
“Tenho que perseguir uma meta de inflação de 3%”, reforçou o presidente do BC, que lamentou que, pelas projeções do boletim Focus, o BC não conseguirá cumprir esta meta de 3% durante todo o seu mandato.
Galípolo ficará na presidência da autarquia até 31 de janeiro de 2028. No Focus, que reúne as projeções dos economistas do mercado, a expectativa é de que a inflação seja de 4,45% neste ano, de 4,18% no fim de 2026, de 3,8% no encerramento de 2027 e de 3,50% no final de 2028 — em todos os casos, acima do centro da meta.
“As projeções do Focus mostram que o BC não vai cumprir a meta durante todo o meu mandato. Eu vou passar meu mandato inteiro sem cumprir a meta de inflação”, disse o presidente do BC.
Apesar da perspectiva, a previsão da inflação vem reduzindo desde 10 de março, quando chegou ao ápice de 5,68%. Depois disso, o número reduziu em 30 das 37 semanas seguintes.





