De olho nas eleições de 2026, o presidente Lula acelera um pacote de medidas populares, incluindo a isenção de imposto sobre a participação nos lucros (PLR) e a redução da jornada de trabalho. A estratégia busca construir uma agenda econômica de forte apelo popular, mas acende um alerta entre economistas pelo alto risco às contas do país.
Quais são as principais propostas do pacote?
O plano é composto por três grandes frentes. A primeira, já aprovada, é a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais, válida a partir de 2026. As outras duas, ainda em debate, são a isenção total de IR sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, sem corte de salário.
O que é a PLR e por que isentá-la do imposto?
A PLR é um bônus pago aos funcionários quando a empresa lucra. Hoje, quem recebe mais de R$ 8.214 deste bônus paga Imposto de Renda. O argumento do governo é que a isenção total traria “justiça tributária”, já que grandes empresários e investidores não pagam imposto sobre os dividendos que recebem. A medida, porém, representaria mais um corte na arrecadação do governo.
Como o governo pretende pagar por esses benefícios?
A perda de arrecadação com a isenção do Imposto de Renda, estimada em mais de R$ 31 bilhões para 2026, será compensada com novas taxas para os mais ricos. O governo criou um imposto mínimo para quem tem rendimentos anuais acima de R$ 600 mil e passou a taxar lucros e dividendos enviados ao exterior, garantindo que o impacto nas contas públicas seja, teoricamente, nulo.
Quais os riscos da redução da jornada de trabalho?
Embora a ideia de trabalhar menos e ganhar o mesmo seja popular, o setor produtivo alerta para um “efeito bumerangue”. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) calcula a eliminação de 2,7 milhões de empregos formais, pois as empresas teriam um custo extra de R$ 300 bilhões para contratar mais gente. O risco é o aumento do desemprego e da informalidade.
Qual é a principal preocupação dos economistas?
O grande alerta é para o aumento do risco fiscal, ou seja, o perigo de o governo gastar muito mais do que arrecada. Essa política expansionista força o Banco Central a manter os juros altos para controlar a inflação, o que encarece e aumenta a dívida pública. O receio é que essa estratégia crie uma “bomba-relógio” fiscal que o próximo presidente, eleito em 2026, terá que desarmar.
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