O gabinete da primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, aprovou um pacote de estímulo econômico de 21,3 trilhões de ienes (US$ 135,4 bilhões ou R$ 726 bilhões) nesta sexta-feira (21), marcando a primeira grande iniciativa da nova líder, que se comprometeu a adotar medidas fiscais expansionistas.
O pacote inclui despesas gerais de 17,7 trilhões de ienes (R$ 604 bilhões), superando os 13,9 trilhões de ienes (R$ 474 bilhões) do ano anterior e representando o maior estímulo desde a pandemia de Covid-19. Também serão incluídos 2,7 trilhões de ienes (R$ 92 bilhões) em cortes de impostos.
As preocupações crescentes com a piora da situação fiscal do país, provocada pelo pacote de estímulo de Takaichi, fizeram com que a moeda japonesa atingisse mínimas de 10 meses e com que os rendimentos dos títulos públicos superlongos batessem máximas recordes.
Takaichi enfatizou que o pacote leva totalmente em conta a sustentabilidade fiscal. “Quanto ao financiamento, utilizaremos receitas tributárias e receitas não tributárias mais altas do que o esperado, mas qualquer déficit restante será coberto pela emissão de títulos públicos adicionais”, afirmou.
“Mas o valor total da emissão de títulos públicos após o orçamento suplementar, combinado com o orçamento inicial, para este ano fiscal deverá ser menor do que o total pós-suplementar do ano passado de 42,1 trilhões de ienes (R$ 1,44 trilhão)”, comentou Takaichi.
O tamanho da emissão adicional de títulos públicos para financiar o pacote de estímulo ainda não foi finalizado, mas espera-se que seja maior do que os 6,69 trilhões de ienes (R$ 228 bilhões) emitidos para o estímulo do ano passado, disseram fontes familiarizadas com o assunto.
O gabinete planeja aprovar um orçamento suplementar para financiar o pacote já em 28 de novembro, com o objetivo de obter a aprovação parlamentar até o final do ano.





