quinta-feira, novembro 27, 2025

Kassab diz que Bolsonaro é ‘um pouco mais radical’ – 21/11/2025 – Poder


Secretário de Governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente do PSD, Gilberto Kassab, voltou a tratar o governador de São Paulo como candidato à Presidência, disse, que Jair Bolsonaro (PL) é “um pouco mais radical de direita” e reforçou a avaliação de que o ex-presidente não deve recuperar seus direitos políticos para a disputa do ano que vem.

Kassab é alvo frequente de aliados bolsonaristas de Tarcísio, descontentes com o espaço e a influência política do líder do PSD no governo paulista.

Kassab participou nesta sexta (21) de evento promovido pela IDC (Internacional de Centro-Direita), que reuniu lideranças de centro-direita da Europa e da América Latina para debater o fortalecimento de posições políticas distantes dos extremos ideológicos. A IDC é presidida pelo ex-presidente da Colômbia Andrés Pastrana.

Aos jornalistas, no intervalo de um dos painéis, Kassab relutou em falar sobre apoio da centro-direita a um nome de Bolsonaro nas eleições do ano que vem. “É muito cedo para fulanizar”, disse. “Acho que falar em nomes agora é muito prematuro, porque cada partido tem as suas construções. Mas lá na frente, com certeza, todos estaremos juntos”, afirmou.

Contudo, diferentemente do discurso de Tarcísio, que afirma achar que Bolsonaro é inocente e que deveria ter seus direitos políticos de volta, Kassab evitou a defesa do ex-presidente, padrinho político de seu aliado.

“Eu não acredito que o presidente Bolsonaro vá recuperar sua elegibilidade para essa eleição. Portanto, o PSD, nesse contexto, trabalha com esses fatos e temos essas três alternativas de nome”, disse Kassab — referindo-se a Tarcísio como primeira opção e aos governadores Ratinho Jr. (Paraná) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) como alternativas caso o governador de São Paulo não concorra contra Lula (PT).

“O nosso desafio da centro-direita é justamente construir, dentro da ideologia da centro-direita, ideologia liberal, lideranças que preservem a liberdade de imprensa, que preservem a liberdade, que construam países mais justos, que promovam políticas sociais, que melhorem a qualidade de vida das pessoas. Esse é o grande desafio, combatendo o regime totalitário de direita ou de esquerda”, disse.

Embora Kassab seja considerado um dos principais articuladores políticos de Tarcísio, o PSD não fez parte do governo Bolsonaro. Aos jornalistas Kassab relutou em classificar o bolsonarismo como um movimento extremista.

“O bolsonarismo é de direita. O PSD é centro-direita”, disse. “Vamos pegar o Rogério Marinho. Você acha que o Rogério Marinho é de extrema direita? Não”, afirmou.

No caso de Bolsonaro, “ele é um pouco mais radical de direita”, afirmou Kassab. “É uma posição clara. Por isso que o PSD é centro-direita, senão eu estaria no PL.”

Kassab deu entrevista ao lado de Pastrana. O presidente da entidade de centro-direita defendeu os ataques do governo Donald Trump a embarcações no Caribe — classificados pela ONU como “execuções extrajudiciais” — e fez ataques ao governo de esquerda de seu país, que assumiu após eleições democráticas.

“Governos da região [América Latina] estão respaldando narco-ditadores. O mesmo acontece na Colômbia. O presidente Petro foi eleito com recursos do narcotráfico”, disse Pastrana — referindo-se a denúncias não comprovadas pela Justiça do país vizinho.

Sobre os ataques de Trump, ele os classificou como intervenções marítimas. “O que estão fazendo os Estados Unidos? Eu estou de acordo porque, pela primeira vez, o presidente Trump e os Estados Unidos estão fazendo uma interdição marítima. Que o fizemos os colombianos, o fizeram os peruanos, o fizeram os venezuelanos antes do governo Chávez”, afirmou.



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