quinta-feira, novembro 27, 2025

Lenda do reggae, Jimmy Cliff morre aos 81 anos

Jimmy Cliff, uma das grandes lendas do reggae, morreu aos 81 anos por complicações de uma pneumonia, segundo anunciou nesta segunda-feira sua mulher, Latifa Chambers, nas redes sociais.

“Com profunda tristeza lhes compartilho que meu marido, Jimmy Cliff, faleceu devido a uma convulsão em decorrência de uma pneumonia”, declarou Chambers, que quis recordar a todos que “compartilharam caminho com ele”.

“A todos os seus fãs de todo o mundo, saibam que o apoio de vocês foi sua força durante toda a sua carreira. Ele agradeceu de verdade o carinho de cada um”, acrescentou.

Nascido em 30 de julho de 1944 em Saint James (Jamaica), James Chambers começou a participar em concursos musicais desde muito jovem e, aos 17 anos, sua carreira decolou com “Hurricane Hattie” após convencer o produtor de origem chinesa Leslie Kong a gravar suas primeiras canções.

Sua consagração chegou em 1969 com seu disco homônimo, que contém clássicos como “Many Rivers to Cross”, “Vietnam” e “Wonderful World, Beautiful People”.

Em seguida, se mudou para o Reino Unido e se tornou uma estrela do reggae e do ska, tanto que é um dos dois membros jamaicanos do Hall da Fama do Rock and Roll, junto a Bob Marley.

Também foi ator de cinema e protagonizou um filme essencial do cinema da Jamaica, “Balada Sangrenta” (1972), no qual também se encarregou da trilha sonora e ao qual se atribui ter introduzido o reggae nos Estados Unidos.

Cliff contribuiu para difundir o som da Jamaica em nível mundial com sucessos como “The Harder They Come” – tema principal do filme -, “I Can See Clearly Now” e “You Can Get It If You Really Want”.

Em 2012, ganhou um Grammy de melhor álbum de reggae por “Rebirth” e nos últimos anos trabalhou com o produtor ganense Kwame Yeboah, com o qual retornou ao reggae mais puro.

A influência de Cliff foi reconhecida por artistas como Rolling Stones, Elvis Costello, Annie Lennox ou Paul Simon, com os quais colaborou. Outros como Bruce Springsteen, Willie Nelson, Cher, New Order e Fiona Apple gravaram versões de suas canções.

Por sua vez, Bob Dylan proclamou “Vietnam” como “a melhor canção de protesto jamais escrita”, segundo destaca o site oficial de Cliff.

Em uma entrevista à Agência EFE em 2015, Jimmy Cliff declarou que “a música é como o oxigênio. Todos necessitamos dela para seguir vivos e é o que nos une a todos”.

E, após uma carreira de mais de 60 anos, continuava buscando sua melhor canção: “Estou perseguindo-a o tempo todo. Se minha música pode inspirar alguém e fazer com que queira viver uma vida melhor e não se render, para mim é um grande sucesso”

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