quinta-feira, novembro 27, 2025

Lula se diz “feliz” um dia depois da Justiça prender Bolsonaro e generais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou estar “feliz” pelo Brasil, nesta quarta (26), pela atuação da Justiça brasileira no processo da suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O elogio ocorreu um dia depois do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados iniciarem o cumprimento à condenação imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Na véspera,  Moraes decretou monocraticamente o encerramento da ação penal que condenou o ex-presidente por supostamente liderar alegado plano. A decisão foi referendada pela Primeira Turma do STF e prevê que ele cumpra a pena de 27 anos e três meses de prisão na cela especial em que já está abrigado na Superintendência da Polícia Federal de Brasília.

“Ontem esse país deu um passo importante, uma lição de democracia ao mundo. Sem nenhum alarde, a Justiça brasileira mostrou a sua força, não se amedrontou com as ameaças de fora e fez um julgamento primoroso onde não tem uma acusação de oposição. É tudo acusação de uma quadrilha que tentou dar um golpe neste país em 2008 (ato falho para se referir a 2022)”, afirmou durante o evento de sanção da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, no Palácio do Planalto.

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Ele emendou afirmando que “pela primeira vez em 500 anos na história desse país tem alguém preso por tentativa de golpe, um ex-presidente da República e quatro generais de quatro estrelas presos, numa demonstração de que democracia vale para todos, não é privilégio de ninguém”.

“Eu estou feliz não pela prisão de ninguém, mas porque esse país demonstrou que está maduro para exercer a democracia na sua mais alta plenitude”, completou.

Ao longo dos últimos quase três anos de governo, Lula frisou constantemente que Bolsonaro tentou dar um golpe de Estado, mesmo quando o processo ainda estava em fase de apuração. Ele ainda citou reiteradas vezes que seus próprios aliados confirmaram essa intenção em depoimentos e delação – como a do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Foi a mesma alegação dada após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor um tarifaço de 40% ao Brasil por considerar que o julgamento de Bolsonaro era uma “caça às bruxas”.

Lula também voltou a falar da relação com Trump que começou a arrefecer a partir da participação deles na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, em setembro. De acordo com ele, não havia motivos antes para dizer que um não gostava do outro, como se tivesse sido um dos motivos para o tarifaço.

A partir do momento em que se conheceram, na visão do petista, a relação começou a melhorar e levou à flexibilização da sanção.

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