Os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deixaram claro nesta quarta-feira (26) que o momento é de tensão com o governo Lula (PT). Eles faltaram à cerimônia de sanção do projeto de reforma do Imposto de Renda, pauta cara ao presidente.
A ausência se junta a um acúmulo de desgastes nos últimos dias. No Senado, eles estão ligados ao fato de Lula ter indicado Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal e resultaram na aprovação de uma chamada pauta-bomba para o Executivo; na Câmara, à tramitação de projetos recentes, que resultou em Motta se dizendo rompido com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ).
O cenário se forma enquanto a melhora na aprovação de Lula estagnou e alas do centrão se movimentam para definir o nome da direita em 2026 —em um momento em que Jair Bolsonaro (PL) começa a cumprir a pena na prisão. O governo, que ainda tem pautas importantes para aprovar neste ano, tem buscado minimizar a dimensão dos desgastes.
O Café da Manhã desta quinta-feira (27) discute as tensões entre o Palácio do Planalto e a liderança do Congresso. O repórter da Folha em Brasília Raphael Di Cunto explica o que tem guiado Hugo Motta e Davi Alcolumbre e analisa desdobramentos que ainda podem vir.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon. A produção é de Laura Lewer, Lucas Monteiro e Raphael Concli. A edição de som é de Thomé Granemann.
