Uma sequência de casos de feminicídio ou tentativa de feminicídio em diferentes regiões do país nos últimos dez dias reacende a questão: por que tantos homens matam mulheres no Brasil? Entre os casos está o de Douglas Alves da Silva, 26, preso na noite deste domingo (30) após atropelar e arrastar Tainara Souza Santos, 31, por vias de São Paulo. A família dela afirma que os dois tiveram um namoro breve; o homem nega envolvimento com a vítima. Tainara teve as pernas amputadas e está intubada, internada em estado grave.
Em 2024, o país bateu um recorde no número de feminicídios: segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, as 1.492 ocorrências representaram o maior número registrado desde o início da tipificação do crime, em 2015.
Para especialistas, casos que se tornam públicos podem ajudar outras mulheres a se darem conta das violências que sofreram. Apesar de a percepção geral estar ligada à violência física, a lei Maria da Penha reconhece e tipifica agressões psicológicas, sexuais, patrimoniais e morais como formas de violência contra mulheres.
O episódio desta terça-feira (2) do Café da Manhã discute por que o Brasil não consegue prevenir feminicídios e o que alimenta a cultura de violência que culmina em mortes de mulheres. O podcast ouve a promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo Silvia Chakian, que integra a Promotoria Especializada de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar e coordena o Núcleo de Atendimento a Vítimas e a Ouvidoria das Mulheres do Ministério Público de São Paulo.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Gabriela Mayer e Magê Flores. A produção é de Laura Lewer, Lucas Monteiro e Raphael Concli. A edição de som é de Thomé Granemann.
