O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que o partido irá condicionar o apoio a um candidato à Presidência em 2026 à promessa de “indulto e perdão” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O aviso é desta terça-feira (25). A condição, de acordo com Ciro, se estende “aos que participaram das depredações do 8 de janeiro.”
A fala difere do plano da oposição para concessão a anistia tanto para Bolsonaro quanto para os condenados pelo 8 de janeiro, o que deveria ocorrer ainda neste mandato e através de projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional.
Nos comentários, internautas criticaram a proposta, por considerarem que o candidato ideal para 2026 é justamente Jair Bolsonaro e por apoiarem a votação da anistia o quanto antes. A pauta reaqueceu no Congresso após a prisão do ex-presidente.
O 1º critério – absolutamente excludente! – do nosso apoio a presidente em 26 é se comprometer a conceder indulto e perdão ao presidente Bolsonaro, extensivo aos que participaram das depredações do 8 de janeiro,Direto e reto.
— Ciro Nogueira (@ciro_nogueira) November 25, 2025
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Bolsonaro pode ter prisão definitiva decretada a qualquer momento
Jair Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal a 27 anos e 3 meses de prisão por organização criminosa armada, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Às 23h59 desta segunda-feira (24), o prazo para interposição de um novo embargo de declaração pela defesa acabou, sem qualquer manifestação. Por conta disso, o processo está na iminência de transitar em julgado.
O cumprimento da pena não mudará a condição do ex-presidente, que já está preso preventivamente, após uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e uma tentativa de abrir a tornozeleira eletrônica com ferro de solda. Sobre esta última violação, confessada pelo próprio, Bolsonaro alega que estava em surto, como resultado de medicação.
A oposição prepara outra estratégia para reagir à decisão do ministro Alexandre de Moraes: a denúncia do caso a todas as embaixadas sediadas em Brasília, bem como a organismos internacionais, entre eles a Organização de Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU).





