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SP é o estado com mais acidentes com escorpiões – 21/11/2025 – Equilíbrio e Saúde

O estado de São Paulo registrou, neste ano, 34.467 acidentes com escorpiões. É o estado brasileiro com o maior número de notificações em 2025. Duas pessoas morreram. Os dados do painel Acidentes por Animais Peçonhentos, da Secretaria Estadual da Saúde, são referentes até 19 de novembro. Em 2024, foram 42.307 casos e cinco óbitos no ano todo. No ano anterior, 50.071 e seis mortes.

Em 2025, a maior parte das picadas ocorreu em pessoas de 20 a 29 anos (15%) e nas faixas de 40 a 49 anos (15%) e 50 a 59 anos (15%). Crianças de um a quatro anos respondem por 3% dos acidentes, e os idosos acima de 80 anos, 2%.

A região corporal mais afetada são os dedos das mãos (24,82%). Em seguida, estão o pé (19,18%) e a mão (19,10%). De acordo com a plataforma, 2,81% dos casos a picada foi na cabeça.

Na capital paulista, no mesmo mesmo período, houve 365 notificações, sem óbitos. Em 2025, Piracicaba, no interior paulista, lidera a lista dos municípios com mais acidentes escorpiônicos, com 17.894 registros e quatro mortes. Ribeirão Preto aparece com 14.504 notificações e seis óbitos. Em Araçatuba, houve 11.689 acidentados —destes, três morreram. As cidades ficam no interior paulista.

Nos últimos dois anos, houve queda no número de casos de acidentes com escorpiões no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Foram notificados 173,7 mil casos em 2025 (até outubro), contra 201,3 mil em todo o ano de 2024 e 206,1 mil em todo o ano de 2023. Dados de 2024 e 2025 são preliminares e sujeitos a atualização.

Em 2025, Minas Gerais tem o segundo maior número de notificações, 32,8 mil. A Bahia registrou 19,2 mil casos e Pernambuco, 14,6 mil.

O SUS (Sistema Único de Saúde) disponibiliza gratuitamente os antivenenos utilizados no tratamento de acidentes com escorpiões. A distribuição é realizada regularmente a todos os estados, conforme a demanda das secretarias de saúde.

A Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, elaborou um ebook para orientar os serviços no atendimento a casos de picadas por escorpiões.

O material é voltado a gestores de saúde, UBSs (Unidades Básicas de Saúde), hospitais, pronto atendimentos, profissionais de saúde, lideranças de atendimento ao usuário, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Departamentos Regionais de Saúde e ao Cosems (Conselho dos Secretários Municipais de São Paulo).

Em caso de picadas de escorpião, Nathalia Franceschi, técnica em saúde pública da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, orienta a lavar o local com água e sabão, de imediato —nunca espremer ou sugar— e aplicar uma compressa morna. A recomendação é procurar rapidamente a unidade de saúde mais próxima para um profissional de saúde o avalie.

“Se possível, leve o animal que provocou a picada ou uma foto que possa ajudar na identificação da espécie, mas não é necessário capturá-lo”, explica.

É importante salientar que a chuva e as altas temperaturas favorecem a reprodução do escorpião. “Quando chove muito, enche os bueiros e esses animais saem destes locais, onde se abrigam preferencialmente”, ressalta Nathalia.

De acordo com a técnica em saúde pública, os sinais e sintomas mais comuns após a picada do escorpião incluem dor intensa no local, sensação de ardência e inflamação —a depender da população acometida.

Em casos mais graves também pode haver vômitos intensos, suor, agitação, aumento dos batimentos cardíacos e da respiração.

“Já em situações que são consideradas mais graves, o que geralmente ocorre em crianças de até dez anos, o vômito pode ser muito frequente e abundante, assim como a sudorese, além do choro intenso e contínuo e da dor no local. Esses sintomas exigem um atendimento médico imediato”, alerta.

Cães e gatos também podem ser picados por escorpião, geralmente nas patas e focinho. Os sintomas e a gravidade variam conforme o tipo de escorpião, a região afetada e o tamanho do animal picado. Quanto menor o bichinho mais risco de morte ele corre. Por isso, o atendimento veterinário precisa ser rápido.

Prevenção

Mantenha quintais, jardins e áreas de serviço limpos, sem entulho ou restos de construção;

Evite acumular lixo, folhas secas e madeira;

Guarde objetos em locais elevados;

Vede frestas em paredes e pisos, use telas em ralos e batentes de portas;

Ao andar em áreas verdes, use calçados fechados e luvas, principalmente, ao manusear materiais empilhados;

Guarde calçados em sacos plásticos ou caixas;

Sacuda roupas, toalhas e calçados antes de usá-los.

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